sexta-feira, 7 de novembro de 2014

NÃO HÁ ESCOLHAS: É FAZER OU FAZER...
(Resposta a Wilson Risolia)

...O QUE QUALQUER UM, MESMO NÃO SENDO E NÃO ENTENDENDO DO FUNCIONAMENTO DE UMA ESCOLA PÚBLICA, MANDAR. POIS, ESTÁ SENTADO NA CADEIRA DE SECRETÁRIO DE EDUCAÇÃO!

Os professores, ou educadores como muitos foram denominados e/ou se autodenominaram assim como profissionais, bem como pais e alunos das escolas estaduais do estado do Rio de Janeiro realmente não têm escolhas. Não há e não houve diálogo com o secretário de educação. Em nome de um índice, pioraram muito as condições de trabalho e alijaram muitos alunos do direito de estudar. Contudo, aparentemente de saída deste novo governo do PMBD, o ainda secretário resolve soltar uma nota em dois jornais de grande circulação contando seus grandes, heroicos e quase santos feitos para a educação. Mas, como professor de profissão, educador por questões morais e, acima de tudo, cidadão, devo tentar fazer alguns contrapontos à verdade absoluta postada nesses jornais.
Vejamos:
“Por muitos anos o Estado do Rio figurou entre os piores no ranking da Educação. Mas, por não aceitarmos que o natural fosse obtermos sempre os piores resultados, e por acreditarmos em nossos professores e alunos, trabalhamos na busca de melhores condições para esses protagonistas. Não resgatamos todos os jovens, mas resgatamos muitos. Não fizemos tudo, mas fizemos muito.”
Pra começar, ele não acreditou e nem acredita nos professores e nem nos alunos. Sabem por que? Porque este ranking a qual ele se refere é baseado no IDEB. Este índice, por sua vez, leva em consideração a média em uma provinha (SAEB ou Prova Brasil) e indicadores que estão diretamente relacionados com aprovação e evasão escolar descritas no Censo do ano anterior. Então, a lógica foi simples: a questão não foi melhorar o ensino e condições de atuação do professor ou o ensino do aluno, simplesmente colocou-se em prática uma política nada-pedagógica que restringe o universo avaliado pelo IDEB, com uma clara estratégia para melhorar artificialmente as notas dos alunos das escolas da rede estadual. Esta política, inclusive, foi anunciada pelo próprio secretário estadual de Educação, Wilson Risolia nas audiências públicas realizadas pela Comissão de Educação e Cultura da Alerj e também em reuniões com o Sepe ao longo do ano de 2012. Risolia, nesses encontros, esclarecia de que maneira o Estado atuaria para melhorar as notas do IDEB: retirando do ensino regular os alunos que tinham idade acima da média escolar e transferindo-os para o Novo Ensino de Jovens e Adultos (NEJA) e implementação do Projeto Autonomia (que utiliza a metodologia de Telecursos da Fundação Roberto Marinho) – tanto o NEJA quanto o Autonomia não são avaliados pelo IDEB.
Com isso, um estudo feito pelo INEP mostra que o estado do Rio de Janeiro teve o maior declínio percentual de matrículas na educação básica de todas as redes públicas do Brasil, caindo de 1,5 milhão para 973 mil, uma redução de 34,7%, ou 537 mil matrículas. "O mais grave é que o Rio de Janeiro é o único estado em que a rede privada, com 1,049 milhão de matrículas, era, em 2012, maior do que a estadual", explica ele. A média nacional das redes estaduais era em 2012, 2,5 maior do que as privadas. Na região sul, este número chega a ser 3,5 vezes a mais” (fonte: http://www.epsjv.fiocruz.br/index2.php?Area=Noticia&Num=871). Esse feito em prol das escolas privadas ele não deu alarme. E muitas escolas públicas (na mesma proporção em que se diminuiu o número de matrículas) foram fechadas sumariamente. Ou seja, a lógica é simples: jogamos os “problemáticos que não damos conta” para uma outra modalidade se eles quiserem ir, muitos não vão, simplesmente param de estudar, e assim melhoramos nossos índices. E ainda, fechando escolas, não há evasão e nem falta de professores, correto?... Mais de 150 escolas fechadas... Realmente fizeram muito... Inclusive bater e jogar gás de pimenta nos professores que tentaram denunciar essa mazela para a sociedade. Ele continua a sua exposição falando de salários, benefícios para uma parcela mínima de alunos até chegar nesta parte, pra mim enquanto conhecedor da minha profissão, a pior e mais danosa para a profissão de professor.
Comentarei cada parágrafo desta passagem horrível para a história da educação fluminense.

“Não podemos mais perder tempo. Precisamos de jovens que se sintam artífices do próprio futuro. Temos que sair do discurso contaminado por ideologias. Mais recursos são bem-vindos. Mas, sem melhor geri-los, é permanecer com a retórica.
Ideologia é doença? Não é isso que nos move, um ideal? Isso é educar caríssimos! Dar uma perspectiva através de um ideal. Isto não é retórica. Retórica é dizer-se democrático e ditar ordens como se suprassumo fosse nos assuntos educacionais. Contaminação é esta política de servir aos interesses privados, com a desculpa de diminuir o estado e causando um péssimo serviço público prestado à sociedade. Basta percorrer as escolas e perguntar diretamente aos alunos e professores sobre suas condições de trabalho. Doença é esta mania de fazer com que os servidores e cidadãos sejam os únicos que devem cumprir as legalidades e o poder público não precisa, pois, é ele quem “manda” (quem deveria mandar é o público). Até hoje, por exemplo, não se discute normas de ruídos, temperatura e espaço de aula previstos na ABNT como condições sine qua non de qualidade nas escolas. E nem se fala no cumprimento do 1/3 da carga horária já definida e aceita até pelo Supremo... É essa a real contaminação ideológica que vem permeando a educação do Rio de Janeiro na gestão desse economista.

É preciso ter foco e gestão. O discurso de que só pedagogos e educadores entendem de educação nada mais é do que um pré-conceito que, como de praxe, não leva ninguém a lugar algum. Ser um gestor, estudar, dedicar tempo e aprofundar-se no tema, sem ser um “pedagogo-educador”, parece um pecado neste país. Os pré-conceitos levam a desentendimentos.
Todos entendemos de medicina? Todos entendemos de economia? Todos entendemos de direito? Acredito que os médicos, economistas e advogados que estudaram e ganharam experiência trabalhando, principalmente em se tratando de serviços públicos, são sim os mais indicados para mostrar os caminhos para minimizar as mazelas de suas profissões. Mas, a educação, ah... a educação... Qualquer um que cair de paraquedas e estudar um pouquinho de nada pode ser um ótimo gestor educacional. Não aceitar isso é preconceito, viu? Será!
Pessoas dão o sangue, se formam, tornam-se especialistas, fazem um concurso disputadíssimo, trabalham, ganham experiência, aprendem sobre suas posições dentro do serviço público, lutam por uma prestação de serviço melhor e... Não! Eles não são os mais aptos para gerir eles mesmos. Isso é o que pensa o secretário de educação em relação somente à educação. Pois, garanto, que ele não sugeriria um pedagogo para comandar a Caixa Econômica Federal, justamente por todos os motivos que listei anteriormente. É um embuste esse discurso! 
A Educação precisa desprender-se de pré-conceitos. Ações são necessárias. Não é mais aceitável o discurso dos que se dizem especialistas, que militam na área por anos e se elegem sob o manto da “defesa da educação pública de qualidade”, mas não elaboraram políticas públicas educacionais que funcionem. Para isso, há que se traçar um diagnóstico, sem pré-conceitos, para atacar o problema. Fizemos isso no Rio. Hoje, conhecemos o problema.
A educação, há muito, já se despiu de pré-conceitos. Temos muitos conceitos formados. Já foram elaborados muitos planos para a educação funcionar, mas, nenhum foi colocado em prática pelos governos que aí estiveram e estão, principalmente, depois da democratização. Os diagnósticos são feitos cotidianamente e com dados bastante precisos, mas, não são levados em consideração pelas “autoridades” educacionais empossadas. Por isso eles ficaram no discurso. A culpa por isso ainda acontecer é de quem detém o poder, não de quem luta para que isso se torne realidade. Só se pensa no PISA, essa é a verdade. Que declaração de fanfarrão! 
Ter pré-conceitos com o currículo mínimo, a meritocracia e as avaliações diagnósticas — ações bem-sucedidas aqui e em qualquer parte do mundo — não contribui. As ações não podem ser em defesa de interesses próprios e corporativos, sindicalizados e contaminados politicamente. Substituir um diretor de escola não pode ser um ato político, mas sim de gestão.
Mais uma vez, não existem pré-conceitos sobre o currículo mínimo, nem sobre a meritocracia e nem sobre as avaliações diagnósticas. O que existe são CONCEITOS formados por muitos estudiosos, especialistas em suas áreas de atuação, sobre esses assuntos. Os PCNs já existem, e respeita-se a aplicação em cada localidade, méritos num estado de municípios tão desiguais é demérito, e isto é fato; e avaliações diagnósticas ou provas? E para que elas servem? Ranquear? Isso, sem levar em consideração nem o IDH de cada região, já foi muito debatido e rechaçado. Aliás, a “criadora/defensora”-mor da meritocracia americana diz, arrependida, que foi a pior coisa que ela fez para a educação. Leia este valioso artigo ou leia o livro dela (The Death and Life of the Great American School System): http://ciencia.estadao.com.br/noticias/geral,nota-mais-alta-nao-e-educacao-melhor-imp-,589143. E isso é sucesso? Basta um pequeno estudo junto aos conselhos de educação e aos acadêmicos. Afinal de contas, para que eles servem? Quando se fala em ações em interesse próprio e contaminado, ele deve estar falando dele mesmo. Basta ver o quanto a rede pública diminuiu e o quanto a rede privada aumentou. Mais uma vez, isso é sucesso? 
A quem interessa uma juventude perdida? A grupos que sobrevivem da ignorância alheia? Esses não querem ter foco nem gestão. Não temos, portanto, escolhas: é fazer ou fazer.
A ignorância de quem bate palmas para o que aconteceu na educação fluminense nos últimos anos a quem interessa? Porque justamente esse grupo que se perpetuou mais uma vez, chancelado pela última eleição, está sobrevivendo dela.
A escola é e sempre será um espaço político desde a sua criação na Grécia antiga!!! Todas foram chamadas a construir e reconstruir constantemente seu projeto-POLÍTICO-pedagógico que serve para nortear cada unidade escolar. Como assim o gestor não é uma questão política? Ele hoje é uma marionete político dos governos que os colocam em cada escola. Democracia também se ensina na escola! Essa construção acabou no Rio de Janeiro!!! Agora é o cumpra-se para que eu mostre meus números. Estão acabando com o espaço público de pensamento!!!
Mas, pode deixar, senhor Risole/Coxinha, a juventude não estará perdida enquanto houver professores antenados, preocupados e ativos que não deixem que esse tipo de ação ganhe a aprovação e a opinião da sociedade. Estamos de olho! E, nisso o senhor tem razão: é fazer ou fazer... a nossa parte!

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Eleições 2014
Posto hoje, ainda sem saber, obviamente, quem ganhou as eleições estaduais e presidencial. Mas, sabendo quem perdeu nestas eleições: o povo.
Começo dizendo que o PT renegou toda a sua história de lutas, fazendo uma política suja cheias de alianças espúrias para se manter no poder. Alianças essas que resultaram em mensalões, em desvios na Petrobrás em supostos nepotismos, etc. Contudo, o PT não inventou o mensalão, não corrompeu a Petrobrás sozinho e nem praticou o nepotismo tão somente... Ao contrário, pegou tudo pronto! Senão não governaria.
Por isso, quando lia e ouvia reportagens EXTREMAMENTE tendenciosas, como se o PT fosse o primeiro e único partido a fazer uso desses expedientes, me vi na obrigação de pensar como Einstein e dizer que os números não mentem, mas, mente quem usa os números. Ou seja, a grande mídia, propositalmente, orquestradamente, noticia a notícia de forma clara a agir na composição neurolinguística. Por exemplo: “Nunca se roubou tanto neste país!”. Esta frase poderia ser dita também assim: “Nunca se prendeu tanto político neste país!”. Não é mesmo? E por que não foi feito dessa forma? Mistério...
Foi então, que buscando as fontes das notícias, e não os jornais de grande circulação, que acabei descobrindo algumas coisas: que os mais reacionários de direita e os mais radicais de esquerda são incapazes de discutir propostas, gostam mesmo é de um barraco e transformam tudo numa briga de boteco ou de favela (com o perdão pejorativo da palavra favela até mesmo porque faço parte de uma).
E o povo embarcou nessa! Tomou partido e mostrou todo o seu analfabetismo político. Fomos incapazes de discutir propostas, como implementá-las, como conseguir recursos, qual seriam as melhorias de serviços públicos de verdade e não de falácia. Enfim, só defendemos aqueles, que na verdade, na maioria dos casos nem seria por desejo político de vê-lo como principal executivo do Estado ou da Nação, só por não querer o outro indivíduo ou partido no poder. E aí partimos para acusar o outro!
Li e ouvi diversas argumentações e cheguei à conclusão de que “ninguém” sabe realmente o que pensa politicamente.
Fora PT! Rouba muito! Ué...o PSDB também! Fora Dilma guerrilheira! Isso significa entra Aécio, que trabalhou apoiando a ditadura? (Aliás, o título de guerrilheira foi dado durante o regime ditatorial militar). Realmente, fica difícil tentar debater avanços sociais, políticos, educacionais, econômicos e suas propostas o crescimento quando as colocações são cheias de preconceitos discriminatórios e cheios de números comparando países (principalmente a economia, como se só isto importasse para a maioria da população brasileira que faz “muitos investimentos”) sem comparação com o próprio país.
Ouvi coisas do tipo: Sou contra o casamento gay! Sou contra o aborto! Sou contra as cotas e as bolsas! Será implantado um governo bolivariano! Projeto de poder do PT! Ninguém mais está “investindo”! (o Brasil é só economia pra alguns). Chega de corrupção! (PSDB na cabeça???) Ou seja, foda-se os direitos civis! Foda-se a vontade do povo, desde que os meus direitos sejam preservados. Meu direito de ganhar com juros e especulação financeira, de poder apontar pros outros e colocá-los em seu lugar (ou seja, pobre é pobre e mora lá!!!, negro é amaldiçoado!!!, gay é uma aberração não humana!!!, rico deve mandar sempre!!! Iuhuuu!), de não me misturar em viagens com pessoas de outro nível estereótipo, de continuar explorando as moradias (afinal de contas, pobre deve me dever sempre, seja em juros bancários favoráveis a mim ou em aluguéis que os arrocham e tiram o direito a uma moradia decente), direito de não querer que o país seja realmente igualitário.
Bem, eu sou contra o aborto, mas, a favor a da legalização dele. Até mesmo porque eles já acontecem com muitas fatalidades e, quando não há óbito da mulher, ela vai se tratar no sistema público de saúde gastando o nosso dinheiro que podia ser usada em prevenção.
Não sou gay! Mas, amo muito meus amigos que, sendo ou não gays, são seres humanos e precisam ter direitos civis preservados.
Já fui contra as cotas e as bolsas! Mas, hoje, depois de morar, trabalhar e visitar locais paupérrimos que nenhum ser de classe média ousaria fazer turismo, revi meus conceitos: sou a favor! Ainda faço ressalvas quanto ao prazo (ad eterno). Acredito que o governo deveria propor metas para si próprios, estabelecendo o tempo para que as famílias deixassem a condição de pobreza extrema e tivessem inseridas no mercado de trabalho. O mesmo pensamento vale para os negros. Eles são inferiores e por isso merecem cotas? Não! Também deveria ser dado um tempo de correção histórica, oferecendo melhores escolas básicas enquanto se faz uso das cotas. Que tal pensarmos em 10 anos para os dois (independente do governo e do partido – seria uma proposta de país).
Projeto de poder do PT??? Quem implementou a reeleição foi o PSDB, pois, esses sim, tinham e têm o projeto claro de poder monetário e que saiu pela culatra há 12 anos.
Governo bolivariano? Alguém sabe explicar? E, depois de explicar, podem me dizer por que é tão ruim assim??? (eu sei explicar). No decreto 8243, que os poderosos da política tanto temem, nada há demais do que a própria vontade popular, e que foi às ruas em meados de 2013, de ter sua vontade respeitada, já que não cofiam nos seus eleitos, muito em função porque também são obrigados a votar neles! Então vejam: porque Chaves usou é ruim e porque USA usa é bom? Porque USA condena e Bolívia usa é ruim? Argumentos pueris...
Aprendi em casa, com minha religião, com meus alunos, meus colegas e amigos que todos são seres humanos e merecem ter seus direitos civis preservados como pretendo que os meus o sejam também, mesmo que pensem e ajam diferente de mim. Sendo assim, lembro que não estou votando para padres, bispos, mães-de-santo e afins. Estou votando em pessoa pública que interessa seu desempenho como pessoa pública.
Aí, volto à questão original, o povo perdeu! Perdeu a oportunidade de ouvir o que foi feito, como foi feito e o que e como será feito para os próximos 4 anos. Perdemos a oportunidade de discutir o país e discutimos partidos, pessoas e suas histórias de vida. Perdemos a oportunidade de nos livras de muitos preconceitos, mas, não o fizemos. Ao contrário, demos força a todos eles.
Entristeço ao final deste texto porque vi muitas “amizades” se desfazerem por quem nem merece uma vírgula de atenção, porque continuaremos depois desse pleito a viver como se nada tivesse acontecido no passado que pudesse fazer com que nós criemos novas lideranças de verdade!!! Mas, concluo dizendo que não é porque não lembro ou não vivi um período histórico, que desejo que ele volte a aparecer para que eu o prove. Não é porque a grande mídia mostra que é a minha verdade ou, simplesmente, a verdade. Não lembro da ditadura, mas, prefiro a democracia. Não vivi na idade média, mas, não quero matar os não-cristãos pra ver como é. Contudo, eu vivi os 8 anos de PSDB e, tirando as mazelas comuns a todos os partidos políticos, todos, eu disse todos, as possíveis benfeitorias são INCOMPARÁVEIS com os 12 anos de PT. Essa é a minha impressão que deixo para quem não os viveu.
Por isso, voto #13 nessas eleições em respeito a tudo que vi e vivi. Mas, que fique claro: não sou petista. Não mesmo! Mas, no PSDB não dá pra mim. Podem comparar...(rs)


quinta-feira, 15 de maio de 2014

Resposta a Pedro Augusto

Email enviado para a Rádio Tupi relativo ao programa do dia 15/05/2014 do Pedro Augusto.
Neste programa o prefeito Alexandre Cardos de Duque de Caxias foi contactado e ouvido e os professores...
Bem, eu fiz a minha parte e mandei um email pra lá. Façam o mesmo. O endereço é: http://www2.tupi.am/mais

Escolham o Fale Conosco no topo da página e mandem ver!!!

Olá,
Pedro Augusto, sou professor de Matemática da prefeitura de Caxias, tenho 21 anos de serviço público com pós-graduação, terminei meu mestrado e quando enquadrar, por lei, ganharei mais 12% em cima do meu salário base atual. Ouvi seu programa nesta data (15-05) e fiquei indignado com algumas coisas a saber: como pode alguém com tamanho poder de mídia como o senhor a quem tenho, ou tinha, muito apreço, "querer" ouvir apenas um lado da história? Isto não é uma notícia isenta, deve concordar. O que o prefeito falou posso afirmar categoricamente que não representa a verdade. Pegar uma folha salarial e tirar uma média para dizer qual é o salário base médio é usar mal seus números, pois já dizia Einstein que os números não mentem, mente quem usa os números a seu favor.
Vamos falar somente do meu caso. Se eu me aposentasse agora no nível 9 (só há 12 níveis possíveis)eu ganharia a fortuna de, aproximadamente, 4500 reais com toda a minha formação e tempo de serviço. Quantos estão no nível 12? Há professores com jornada tripla também e isto vem num contracheque. Por que não perguntas quanto ele e seus comissionados ganham em seu contracheque para ver o que é imoralidade? Ora Pedro, por favor, a greve não é só salário, reduzi-la é menosprezar as condições de trabalho e exposição dos alunos a que estamos submetidos. Há uma pauta extensa de promessas assinadas em campanha e não cumpridas, retirada de direitos trabalhistas, além de toda a luta acumulada pela categoria. Ligue para alguém da direção do sindicato (não faço parte da direção) peça pra ouvir o outro lado da moeda, "quebre este galho" para nós professores. Peça pra falar com algum pai de aluno e verás os verdadeiros porquês desta greve em particular.
Terminando, coloco-me à sua disposição para esclarecimentos também, sou apenas um professor. Mas, não é um jornalismo legal ouvir só um lado...
Um abraço,
Professor Fabio MS

quarta-feira, 14 de maio de 2014

Resposta minha a Gustavo Ioschpe


Resposta a Gustavo Ioschpe, colunista da VEJA, sobre postagem de 11/05/2014.


Economista idiota com graduação em Ciência política e em Administração estratégica pela Wharton School, na Universidade da Pensilvânia, e mestrado em Economia internacional e Desenvolvimento econômico, pela Universidade Yale, nos Estados Unidos da América.

"Sabe tuuuuudo de educação pública!!! Sempre estudou em escola pública!!!"

Sinceramente, desprezível esta coluna. Quantas vezes ele leu a pauta de reivendicações de SEPE em data base? Ele sabe o que é ter que trabalhar sem água, sem material, sem um plano de carreira, sem funcionários de apoio qualificados, sem FGTS, sem caneta para o quadro branco, sem porta na sala de aula, com temperaturas chegando a 50ºC em sala de aula, sem uma biblioteca, com salas de aula superlotadas nestas condições, com barulhos ensurdecedores durante a aula, ser "comandado" por uma indicação política, muitas das vezes sem cometência para tal, tão somente para fazer um caixa dois e um curral eleitoral de um vereador ou deputado, enfim, são tantas as mazelas que acho que já posso parar por aqui. O salário? Ah, o salário é só mais um item  que não faz mal nenhum um profissional querer ser valorizado pelo que faz, principalmente, se ele faz todos os profissionais serem o que são, incluindo economistas liberais ou socialistas, e até colunistas de revista. Não há "vitimismo" nenhum meu caro Gustavo. Há uma enxurrada de denúncias que, infelizmente, a grande mídia da qual o senhor faz parte e serve não dá atenção, pois, não dá mídia segundo vocês. Que balela de modelo cubano?! Verifique as bases! Participe das discussões da base e verá que não tem o menor sentido o que escreveste. Desqualificar uma categoria inteira por haver maus profissionais é canalhice. Imaginem eu dizer que todos os colunistas, ou todos os colunistas da veja são burros, imbecis, ou ladrões só por que eu vi ou ouvi uma minoria deste jeito. Poupe-nos os bons. Não precisamos "deste" tipo de ajuda.
Obrigado pelo espaço, duvidando que publique...pelo menos na íntegra.
FabioMS

sábado, 1 de fevereiro de 2014

ALGUNS SIGNIFICADOS

Já ouviram falar de reta ORTOGONAL?

Do Grego: ORTHO = JUSTO, RETO   +   GONIA = ÂNGULO, CANTO, ESQUINA.

Pois é, reta ortogonal é aquela que faz 90º com uma outra reta ou com um plano.

Estudando vetores é comum usarmos o termo projeção ORTOGONAL.

Mas, atenção!!!

É comum dizer que retas ortogonais são perpendiculares. Contudo, em Matemática, as definições são um pouco mais específicas:
- Perpendiculares sempre têm um ponto em comum.
- Ortogonais podem não estar no mesmo plano e nem mesmo se tocarem, apesar fazerem 90º com suas projeções.

Conclusão: "Retas perpendiculares sempre são ortogonais, mas, nem todas as ortogonais são perpendiculares."

Não entendeu? Pede que eu mando o desenho!

Fui!

sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

ALGUNS SIGNIFICADOS

Você sabe qual é o polígono (a figura plana) que tem as quatro arestas ("lados") iguais?

Se respondeu QUADRADO, errou!!!

A resposta correta é o LOSANGO!!!

Para ser um QUADRADO é preciso que ele tenha, além das arestas iguais, os ângulos retos (90º).

Concluindo: Todo quadrado é um LOSANGO, mas, nem todo losango é um QUADRADO.

Fui!

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

ALGUNS SIGNIFICADOS

Todo mundo que foi a escola algum dia deve ter ouvido falar de POLÍGONOS.

Pois, bem: POLI = MUITOS, VÁRIOS

                 GONOS = ESQUINAS, CANTOS, ÂNGULOS.

Ambos derivam do grego. Há um outro significado para gono que é usado pela área médica e tem o sentido de origem ou até mesmo geração. Isto ocorre porque a gono do Polígono vem de GONIA (ESQUINAS, CANTOS, ÂNGULOS) e a da medicina vem de GONO mesmo, uma variação também para gene (origem ou até mesmo geração).

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

ALGUNS SIGNIFICADOS

VETOR???
A palavra vetor vem do latim: VECTOR = “o que transporta”. Um vetor é formado quando um ponto é deslocado, ou “transportado" por uma certa distância em uma certa direção e sentido. Logo, o vetor “carrega” três informações: seu comprimento (módulo), sua direção e sentido (início e fim do transporte).